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Os bastidores do fisiculturismo: as histórias por trás de corpos exuberantes | Jornal Em Destaque por Thais Carvalho em Esportes

Os bastidores do fisiculturismo: as histórias por trás de corpos exuberantes

Cidade de Miguel Pereira sedia evento em maio, no Pavilhão da Fenart, com a previsão de mais de 400 atletas inscritos



Os bastidores do fisiculturismo: as histórias por trás de corpos exuberantes Classificação

Postado há 2 ano(s) | Rio de Janeiro | Esportes |

Thais Carvalho

O fisiculturismo é uma modalidade que, apesar de não ser considerada um esporte, faz parte dos jogos Pan-Americanos e possui diversos praticantes. O fisiculturismo visa o desenvolvimento dos músculos corporais a partir da hipertrofia muscular, ou seja, no aumento da massa muscular e maior definição.

No Brasil, ganhou mais popularidade na “era digital”, com atletas influenciadores e profissionais da saúde compartilhando os benefícios e desafios da carreira de fisiculturista. Antes mesmo de ser um esporte praticado por grandes nomes como Fábio Giga, Eduardo Cariani e Ramon Dino, já era regulamentado tendo diversas federações e campeonatos pelo país. Hoje, o fisiculturismo é verdadeiramente o palco de grandes histórias e desafios, levando muitos atletas a realizar o sonho de superar seus próprios limites.

A carreira de um atleta começa com eventos menores para sua estreia e pode chegar até um dos palcos mais famosos da modalidade, o Mr. Olympia, visto como o evento mais importante da carreira de um fisiculturista. 

No Rio de Janeiro, a maioria dos eventos é organizada pela BRAFF (Brasil fisiculturismo e fitness), tendo como organizador e presidente Gustavo Costa, um dos principais responsáveis por trazer ao país a categoria Men's Physique.

Nos dias 09 e 10 de abril a federação realizou seu primeiro evento deste ano, o "Estreantes 2022", realizado no Tijuca Tênis Clube.


Miguel Pereira está no circuito

O próximo evento acontecerá na cidade de Miguel Pereira, no dia 14 de maio de 2022 no Pavilhão da Fenart, com a previsão de mais de 400 atletas inscritos.


No evento Estreantes, realizado neste mês, Rander Pires participou na categoria Men s Physique, uma das mais cobiçadas (Foto divulgação) No evento Estreantes, realizado neste mês, Rander Pires participou na categoria Men s Physique, uma das mais cobiçadas (Foto divulgação)

No evento "Estreantes", realizado neste mês, o atleta Rander Pires (34), da cidade de Miguel Pereira, participou na categoria Men's Physique, uma das mais cobiçadas. Ele conta que começou a levar a construção de uma vida saudável e um corpo com maior desenvolvimento muscular há 10 anos, mas a sua vida nas competições começou ano passado, subindo em busca de um pódio em sua categoria.

Muitas pessoas pensam que meus resultados foram do nada, mas teve toda uma construção; tenho uma equipe comigo me orientando desde a alimentação até sintéticos e tem meu filho que é minha motivação diária para tudo", afirma Rander.

 

No fisiculturismo as categorias são variadas e cada uma delas com base em um biotipo. Alguns atletas começam em categorias de menor volume muscular e vão migrando para as mais densas; já aqueles que possuem um volume maior pulam para as próximas categorias.
Um dos desafios que a modalidade encontra para ser rotulado como esporte é a questão do uso de hormônios e anabolizantes, que causam um debate na bancada científica sobre males quando usados de forma errada, mas tratando também dos benefícios quando utilizados com acompanhamento médico e da forma correta.  Esta questão acaba gerando preconceito - o que diminui o interesse sobre o mundo do fisiculturismo para algumas pessoas na sociedade.

Dentro do fisiculturismo existem atletas que participam de competições sem utilizar esteroides anabolizantes, conhecidos como “hormonizar”. Eles iniciaram de forma natural, apenas com alimentação e acompanhamento profissional. Esta opção é levada em consideração pelos seguintes motivos: escolha do atleta, riscos à saúde em cada atleta específico e custo financeiro.


O atleta Rander Pires, da cidade de Miguel Pereira (Foto divulgação) O atleta Rander Pires, da cidade de Miguel Pereira (Foto divulgação)

Rander fala que o fisiculturismo é uma prática cara e que, por esta razão, o atleta busca logo ter patrocínio. Ele conta que, em sua primeira preparação, gastou cerca de R$ 6 mil, mas que esse gasto se tornou investimento não só como atleta, mas também na visibilidade que o fisiculturismo trouxe para construção de uma carreira profissional.

O investimento em acompanhamento médico é essencial, independentemente de ser um atleta natural ou não. É imprescindível estar acompanhado por profissionais para adquirir o corpo estruturado à categoria que o atleta se encaixa ou almeja.

Por existirem diversas categorias, isto mostra que fisiculturismo respeita os diversos biotipos, tornando o esporte inclusivo e de maneira nenhuma obriga os atletas a participarem somente com uso de substâncias.

Um grande exemplo dessas características do fisiculturismo é o atleta Matheus Pinho (26), morador do Rio de Janeiro, que conquistou o título de melhor atleta do ano na categoria Body Shape em 2021, subindo no palco como fisiculturista natural, realizando apenas acompanhamento alimentar e preparação física.
Matheus Pinho (26) conquistou o título de melhor atleta do ano na categoria Body Shape em 2021 (Foto divulgação) Matheus Pinho (26) conquistou o título de melhor atleta do ano na categoria Body Shape em 2021 (Foto divulgação)

O jovem também participou do evento Estreantes 2022, levando o top 4 na categoria Body Muscle, e estreou na categoria Men‘s Physique, que segundo ele é uma nova jornada.

Quando iniciei percebi que me enquadrava na categoria Body Shape, uma categoria que não precisava de muito volume muscular e conseguiria competir como atleta natural. Foi um grande feito conquistar o primeiro lugar ‘de cara’, pois tive oportunidade de dividir o palco com outros atletas que fazem o uso de hormônios. A minha vitória pode mostrar que um atleta consegue iniciar seu sonho com determinação e um atleta de fisiculturismo pode ser campeão natural", afirma Matheus. 

Existe um mundo nos bastidores do que conhecemos como fisiculturismo, onde diversos atletas que vivem desse esporte lutam para mostrar como o fisiculturismo pode fazer a diferença no meio social, assim como em qualquer outro esporte. Com base nos dados da Confederação Brasileira de Musculação, Fisiculturismo e Fitness (CBMFF - IFBB Brasil), atual entidade nacional filiada e reconhecida pela International Federation of Fitness and Bodybuilding (IFBB), o Brasil conta com 24 federações filiadas, com 2.700 atletas que participam de competições e um total de 18 mil culturistas.

O fisiculturismo vem brigando por um espaço nas Olimpíadas, pois diversos lugares do mundo conhecem a modalidade e possuem atletas que lutam para quebrar preconceitos e mostrar que existem histórias escritas por trás de uma estética do “corpo perfeito” e que a modalidade está ligada a diversos valores sociais e físicos.

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