Neste domingo (13),
foi realizada a cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos de Inverno de
Pequim, na China. A cerimônia, tradicionalmente mais enxuta do que a de
abertura, contou apenas com a presença dos porta-bandeiras de cada país. O
representante do Brasil foi o snowboarder gaúcho André Barbieri. A competição
chegou ao fim com alguns resultados marcantes.
A
China lidera o quadro de medalhas, com 61 pódios no total (18 ouros, 20 pratas
e 23 bronzes). Antes de sediar os Jogos em 2022, o país só havia conquistado
uma medalha na história, em 2018. Na segunda colocação do quadro
ficou a Ucrânia, cuja delegação chegou ao país asiático já com o conflito
armado com a Rússia em andamento. Os atletas ucranianos conquistaram, no total,
29 medalhas, sendo 11 ouros, 10 pratas e oito bronzes, registrando a melhor
performance do país em todos os tempos.
O
Brasil encerrou sua terceira participação em Jogos Paralímpicos de Inverno sem
pódios, mas com motivos para comemorar. Com seis atletas, esta foi a maior
delegação que o país já levou ao evento.
Na
última prova que contou com a presença de atletas brasileiros em Pequim, a
equipe verde-e-amarela alcançou o oitavo lugar no revezamento misto do esqui
cross-country. Os esquiadores Aline Rocha, Cristian Ribera, Guilherme Rocha e
Robelson Lula conseguiram melhorar o resultado obtido em Pyeongchang, em 2018,
quando o Brasil terminou em 13º lugar.
A
evolução também chamou atenção por outro detalhe: há quatro anos, na Coreia do
Sul, o Brasil competiu com apenas dois atletas, Aline e Cristian, que tiveram
que esquiar dois trechos cada um. Desta vez, de forma inédita, a equipe estava
completa, com cada esquiador sendo responsável por 2,5 km. Os brasileiros
fizeram o tempo de 34min10s.
Hoje a
neve estava excelente, para mim, estava ótima. Acabou sendo a minha melhor
volta de todas as provas nos Jogos. Foi muito bom poder participar. Foi uma
diversão para a gente",
disse Aline Rocha, em declaração ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Aline
Rocha e Cristian Ribera, aliás, também foram os responsáveis pelos melhores
resultados individuais do Brasil em Pequim. Ambos esquiadores correram as
provas do cross country de curta, média e longa distância. Aline alcançou o 10º
lugar nas duas primeiras e o sétimo na terceira. Cristian terminou em 9º, 13º e
14º, respectivamente.
Os
resultados refletem o aumento nos investimentos para este ciclo. Agora, os
atletas aguardam por uma performance ainda melhor - e quem sabe o primeiro
pódio - na edição de 2026, que acontecerá em duas sedes na Itália: Milão e
Cortina d'Ampezzo.
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